Rubanil, América e Madureira Candelária enfrentam nova greve
Rubanil, América e Madureira Candelária enfrentam nova greve

Rubanil, América e Madureira Candelária enfrentam nova greve

O trio sediado em Irajá enfrenta uma nova paralisação, porém, nas ruas quase não é visto  a presença das três.

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Ônibus da Viação Rubanil que pegou fogo no último dia 18/04. Se não enguiçar pelo caminho, é capaz de ter um curto circuito.

Três empresas da capital entraram em greve no dia de hoje. Os trabalhadores das empresas Rubanil, América e Madureira Candelária, todas sediadas em Irajá, Zona Norte, e integrantes do Consórcio Internorte, cruzaram os braços desde as primeiras horas da manhã. As motivações da paralisação são os salários e férias atrasados, 9 meses sem receber auxílio alimentação, 13º salários (uma parcela de 2016 e 2017 integral), entre outros.

Atualmente, as três empresas operam juntas com 34 veículos e operam 4 linhas:

  • 349 – Rocha Miranda x Castelo = 3 veículos
  • 350 – Irajá x Passeio = 6 veículos
  • 355 – Madureira x Tiradentes = 19 veículos
  • 665 – Pavuna x Saens Peña =  6 veículos
(Além delas, a Rubanil/América ainda disponibiliza as linhas 351 e 376 em 3 horários pela manhã, sem retorno à tarde. O que já foi denunciado várias vezes em mídias de grannde circulação)

Porém, quem convive com as linhas das três empresas sabe que a situação já era caótica desde 2014, ao menos. Nos tempos áureos, as linhas 350 e 665 circulavam com 126 ônibus juntas, possuindo duas das linhas com maiores frotas do Consórcio Internorte. Porém, com o passar do tempo, e nem com os sucessivos aumentos da passagem, não foi o suficiente para a derrocada do grupo.

O Portal Flumibuss esteve no ponto final de uma das linhas, a 350, no Passeio, área central do Rio e constatou que a espera pela linha pode chegar à duas horas… Mas que isso pode não ser um intervalo “fixo”, pois pode acontecer de um ônibus da linha enguiçar ou pegar fogo, como ocorreu no último dia 18 de Abril, quando um ônibus da linha pegou fogo na Penha Circular, Zona Norte do Rio.

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Ponto final da linha 350 na Avenida Augusto Severo, no Passeio. Este é o retrato de quem depende da linha. Um local sem a mínima estrutura, com a cabine de despachante fechada em quase todos os momentos, tendo que conviver com moradores de rua. Foto: Gabriel Petersen Gomes

Pelo Twitter, muitos usuários reclamam das condições oferecidas pelas empresas, principalmente sobre a falta de ônibus:

Em nota, as três empresas confirmam a paralisação e que o não atendimento das demandas de seus funcionários é em razão do congelamento das passagens há dois anos, o que torna a maior crise já vivida nos transportes do Rio.

A Secretaria Municipal de Transportes disse que desde 2017, as linhas 350 e 665 receberam juntas, 304 multas por interrupção de linha, por operar com frota abaixo do determinado e outras irregularidades. E sobre uma possibilidade de intervenção nas linhas operadas pelas empresas, a mesma disse que ainda está em estudo pela secretaria.

Notas na íntegra:

RUBANIL – AMÉRICA E MADUREIRA CANDELÁRIA:

As empresas Rubanil, Transportes América e Madureira Candelária informam que estão com suas operações  comprometidas, nesta manhã, em razão de uma paralisação parcial de funcionários. 
Vale ressaltar que o setor de transporte por ônibus no Município do Rio enfrenta a maior crise de sua história, tendo a tarifa congelada há dois anos, além de decisões judiciais que reduziram o valor da passagem na capital.
SMTR
A Secretaria Municipal de Transportes informa que o consórcio responsável pela linha 665, que tem frota determinada de 41 veículos, já foi autuado 137 vezes desde o início desta gestão por interrupção de linha, por operar com frota abaixo do determinado e outras irregularidades.
Já sobre a linha 350, que tem frota determinada de 55 veículos, 167 multas foram aplicadas no mesmo período.
Sobre uma possível nova licitação, a questão está em estudo na SMTR.
(Obs: Nota referente apenas às linhas 350 e 665 – da “Rubamérica”. Linhas 355 e 349 não foram citadas)

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