Em vigor desde a última sexta-feira, quem pega um ônibus municipal e a Barca na Praça Arariboia paga R$ 6,35. No sentido inverso, o desconto é praticado desde dezembro.
Passageiros de Niterói e da linha da CCR Barcas Praça Arariboia x Praça XV já podem, desde a última sexta-feira (dia 31/01) a usufruir da integração entre ônibus e as Barcas. Foi implantado a segunda etapa da operação assistida da integração entre os dois modais, que vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas diariamente. O desconto já é praticado no sentido Praça XV x Praça Arariboia desde Dezembro.
Para ter o benefício, o passageiro deverá estar cadastrado no Bilhete Único de Niterói, que permite utilizar dois ônibus municipais num intervalo de 1 hora pagando R$ 4,05 pelas duas viagens. Quem possui o Bilhete Único Intermunicipal já possui acesso ao desconto. Na estação da Praça Arariboia há catracas adesivadas para quem quiser pagar menos. Antes da implantação, quem pegava um ônibus municipal e as Barcas na Praça Arariboia, pagava R$ 10,35 pelas duas viagens (R$ 6,30 da Barca + R$ 4,05 do ônibus municipal). Com o subsídio de R$ 4,00, graças a uma parceria entre a Prefeitura de Niterói e o Governo do Estado, a passagem irá cair para R$ 6,35.
A iniciativa faz parte do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) da cidade, cujo caderno técnico foi lançado no final de 2019 e promete uma série de mudanças no viário da cidade. Dentre os principais projetos para 2020, estão:
- Integração entre ônibus municipais e Barcas (concluído)
- Fase II da TransOceânica – com implantação das Oceânicas (OC’s) 4, 5 e 6
- Alargamento da Avenida Marquês do Paraná, com a criação de mais uma faixa (exclusiva para ônibus) e ciclovia (em curso);
- Racionalização das linhas do Barreto (linhas 41BC, 42T, 61 e 67).
O PMUS-Niterói está disponível para download clicando aqui.
ENQUANTO ISSO, NA OUTRA PONTA DA BAÍA…
As obras de remodelação do entorno da Praça XV foram determinantes para o fim da integração entre os ônibus municipais da cidade do Rio, um dos motivos pelo qual a concessionária CCR Barcas, que administra o sistema aquaviário metropolitano, alegar prejuízos e recorrer às vias judiciais para alterar os quadros de horários de todas as linhas (Paquetá, Cocotá e Praça Arariboia).
Com o fechamento do Mergulhão da Praça XV, e sua incorporação ao traçado do Túnel Prefeito Marcello Alencar, e do Terminal da Misericórdia, as linhas que antes passavam próximos à Estação Praça XV foram deslocados, em sua grande parte, para a Avenida Presidente Vargas e Largo da Carioca, o que aumenta o tempo gasto no deslocamento entre o ponto de desembarque e a estação das Barcas, conforme mostra os mapas comparativos abaixo:
Mesmo com a implantação do VLT na Praça XV foi suficiente para minimizar os impactos, já que a estação com maior fluxo da Linha 2 é a Parada Colombo, onde o usuário faz integração com as Linhas 1 e 3 do sistema (Parada Sete de Setembro).
O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Cidade do Rio (PMUS-Rio) foi lançado em 2015, ainda sob a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, que projetava obras de mobilidade urbana para o período entre 2016 e 2026. Em 2019, uma nova versão foi instituída pelo prefeito Marcello Crivella. Passados 5 anos após o lançamento da primeira versão, pouco se avançou na mobilidade urbana durante a gestão de Crivella. O exemplo mais icônico são as obras do BRT TransBrasil, cujas obras se arrastam desde 2014 e colecionam atrasos, suspeita de superfaturamento nas obras, engarrafamentos inimagináveis (a ponto das 4 pistas da Avenida Brasil ficarem com congestionamentos), paralisações, etc.
Agora fica o questionamento: quando poderemos ter uma mobilidade urbana de verdade? Que todos possam sair ganhando, não só A, B ou C. Só o tempo dirá…
Com informações d’O Jornal O São Gonçalo