Cinco das nove linhas operadas pela empresa ganharam novas empresas, enquanto que outras quatro foram entregues ao consórcio.
Neste sábado, 1º de Agosto, passageiros de 5 linhas que eram operadas pela Transportes Estrela já puderam notar uma significativa mudança. A empresa, que fechou as portas nesta sexta-feira, 31, passou a operação das linhas 265, 350, 363, 678 e 711 para três empresas, todas do mesmo grupo no qual a Estrela fazia parte.
Na região de Irajá e Rocha Miranda, os ônibus padronizados da Estrela deram lugar aos “laranjinhas” da Braso Lisboa. A empresa volta a operar a linha 350 (Irajá x Passeio) após ter saído da linha no final de 2019 e, como bônus, passou a operar a linha 711 (Rio Comprido x Rocha Miranda). Neste início de operação, a empresa disponibilizou 17 ônibus para operar as duas linhas, sendo 8 na 350 e 9 na 711, reforçando ainda mais a presença no Consórcio Internorte. Porém, a partir de segunda-feira, a Viação Ideal reforçará a frota com mais 4 ônibus na 350 e 8 na 711.
Já pelos lados da Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio, e Marechal Hermes, os padronizados da Estrela deram o lugar aos ônibus prateados da Vila Real. A empresa assume a participação da Estrela na 265 (Marechal Hermes x Castelo), com 2 ônibus, além de passar a operar a linha 363 (Valqueire x Candelária), com 23 ônibus, e a 678 (Valqueire x Méier – via Praça Seca) com 9 ônibus.
No entanto, passageiros de 4 linhas que eram de responsabilidade da Estrela passaram a fazer parte de uma triste estatística: a de linhas desativadas sumariamente e sem previsão de voltar. As linhas 349 (Rocha Miranda x Castelo), 651, 652 (ambas Méier x Cascadura) e 653 (Marechal Hermes x Méier) foram entregues aos respectivos consórcios e seguem sem previsão para retornar. Moradores do Méier e do Lins inconformados, relataram o descaso em páginas no Facebook, como esta abaixo:
Combinação crise dos transportes + coronavírus foi decisivo
Conforme o Portal Flumibuss RJ publicou nesta sexta-feira, 31, a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus foi um fator influenciável e determinante no fechamento da Estrela. O sistema de transportes municipais do Rio de Janeiro já vem numa crise que vem se arrastando há 5 anos, com 15 fechamentos de empresa e mais de 50 linhas desaparecidas. As medidas de restrição impostas por causa da pandemia tiveram reflexo direto nas finanças de todas as empresas de ônibus da cidade do Rio, independente do grupo empresarial que esteja associado.
Sem um socorro por parte do poder público, o segundo semestre tende a ser preocupante para muitos funcionários. Novas demissões em massa poderão acontecer em muitas empresas do Estado, o que irá impactar na taxa de desemprego, que, em nível nacional, está em 12,9%, segundo dados do IBGE divulgado em Junho.
O Portal Flumibuss circulou pelos bairros do Rio Comprido e Cascadura e traz esta galeria com fotos do primeiro dia de operação da Braso Lisboa e Vila Real nas novas linhas, confira:
Não é a crise que fechou a Estrela,foi a mesma coisa com a Verdun,suspeito é as linhas com menor demanda ser desativada,e a prefeitura como sempre nada faz.
Só que a Verdun não fechou de facto. Só a garagem e dividiram o operacional e a frota pra Graças (que ficou com a 455 e 238, guardando os carros de ambas em sua garagem) e a Transurb (que ficou com a 239 e 247, fazendo o mesmo). Tanto que em 2018 a Verdun recebeu carros novos. E como se existissem duas Verdun’s nas ruas da cidade, só que operando com um único CNPJ.