Dentre estas linhas, estarão as linhas 129B, que liga Nilópolis ao Centro do Rio e a 420T, que liga Nilópolis e Mesquita à Barra da Tijuca.
Em breve passageiros de Nilópolis, Mesquita e Nova Iguaçu perceberão uma mudança na operação de 4 linhas que operam na região: segundo informações obtidas pelo Portal Flumibuss RJ, a Nilopolitana Cavalcanti e Cia., empresa que opera entre esses municípios da Baixada irá entregar 4 linhas que atualmente constam em sua relação de linhas.
Serão 3 linhas intermunicipais e uma linha municipal em Nova Iguaçu que serão entregues à empresa Linave Transportes, que é sediada no município iguaçuano, e que opera linhas na cidade e entre Queimados, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Mesquita e São João de Meriti. As linhas que serão entregues são essas:
| Linha | Itinerário |
| 129B | Nilópolis x Central (via Vila Norma / via Dutra) |
| 420T | Nilópolis x Barra da Tijuca (via Mesquita / via Dutra / Linha Vermelha) |
| 516I | Nilópolis x Km 2,5 da BR-116 (Shopping Grande Rio) |
| 241 | Nova Iguaçu x Vila São Luiz (via Morro da Cocada – Circular) |
O motivo para a entrega das linhas seria que a empresa, assim como todas as outras, foi seriamente afetada pela crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus e o fato de que as linhas 129B, 420T e 516I terem sido paralisadas por quase 3 meses, durante o pico da pandemia, quando o Governo do Estado restringiu a circulação das linhas intermunicipais entre a cidade do Rio e os municípios vizinhos.
Nas redes sociais, circula imagens de um ônibus da Linave Transportes fazendo treinamento no itinerário da linha 129B no Terminal Américo Fontenele, no Centro do Rio, na tarde desta sexta-feira. A informação é que os motoristas estarão fazendo treinamento nos próximos dias nas demais linhas.
Com a mudança, a operação da Nilopolitana ficará concentrada em 3 linhas intermunicipais e 5 linhas municipais, sendo 3 em Nilópolis (001, 001R e 002) e outras 2 em Nova Iguaçu (007 e 008). Enquanto que a Linave amplia mais sua área de atuação, já que desde 2013, a empresa opera também em Miguel Pereira e Paty do Alferes, setor que era operado pela Viação Normandy do Triângulo.
Ainda não há a previsão para que a Linave assuma estas linhas, porém, a expectativa é que a mesma comece a assumir até o final deste mês. O DETRO ainda não publicou no Diário Oficial do Estado a transferência oficial das linhas intermunicipais, mas as tratativas estão em estágio avançado e a publicação também poderá ocorrer nos próximos dias.
Entrega de linhas da Nilopolitana evidencia crise da Covid-19
A movimentação nos bastidores à respeito da entrega de linhas da Nilopolitana à Linave evidencia a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. Desde quando a Covid foi declarada pandemia, em Março, todas as 184 empresas de ônibus do Estado do Rio foram afetadas pelas medidas de restrição impostas pelo Governo do Estado e as municipalidades. Em algumas regiões, a queda no faturamento chegou à quase 70%.
Com a flexibilização das atividades, iniciadas em Junho, as empresas conseguiram recuperar um pouco da demanda perdida, porém, diante da falta de recursos, muitas empresas estão promovendo demissões em massa, em detrimento à redução na escala.
Mas porque detrimento da redução em relação à demissão em massa?
Um dos principais vetores de transmissão da Covid-19 está no transporte público. Porém, as empresas viram na demissão a oportunidade perfeita para enxugar seu quadro de funcionários, e, consequentemente, a sua frota. E o resultado dessa equação são ônibus e BRT’s cada vez mais lotados, operando sem ar-condicionado em 95% das empresas, já que uma das recomendações é que as empresas mantenham as janelas abertas para circulação de ar, numa cidade com um clima igual ao Rio de Janeiro.
Dois casos de demissão em massa vieram à tona nesta última semana: a Viação Jabour, do Consórcio Santa Cruz, demitiu 260 funcionários, dentre motoristas, cobradores e pessoal interno. Enquanto que a Transportes Flores, uma das maiores da Baixada, demitiu outros 300 funcionários, inclusive orientando estes à procurar a Justiça para receber o que é de direito e informando à eles que só o Vale-Alimentação que será mantido. Estas demissões fazem com que o já alto nível de desemprego nacional, estimado em 13,3% segundo a última medição do IBGE, cresça ainda mais.