Além desse vai e volta, a linha 47, que mal foi criada, já será substituída pela linha 48. O que mostra que o BRT faz o que quer, e o passageiro que lute.
Toda vez que o BRT Rio anuncia alguma alteração nas suas linhas, é sempre assim: uma enxurrada de reclamações surge questionando as mudanças no sistema. E nesta semana não foi diferente. A empresa que gerencia os 3 corredores de ônibus anunciou novas alterações em duas linhas: a 41, que liga Madureira ao Terminal Recreio, passando pela Avenida Salvador Allende, e a 47, que liga Madureira à Estação Santa Efigênia, na entrada da Cidade de Deus.
A linha 47, que foi foi criada há quase 1 mês atrás, já será retirada de circulação, e em seu lugar, será criada a linha 48, ligando Madureira à Estação Curicica, atendendo a todas as estações da linha 47, mais as estações Vila Sapê e a estação terminal Curicica. O horário de funcionamento da linha 48 será o mesmo da linha 47: nos dias úteis, durante os horários de pico. Das 05:30 às 09:10 da manhã, e de 17:00 às 20:00.
Já a linha 41, que nunca havia sido modificada, inicialmente, teria o funcionamento reduzido para os horários de pico: De 05:00 às 08:00 da manhã, e de 16:00 às 20:00. Mas depois de uma série de reclamações publicadas na página do Facebook, o BRT Rio voltou (quase) atrás: A linha seguirá rodando o dia todo, a partir das 05:00, mas terá o horário de fim antecipado para 20:00. Veja a mudança nos banners de divulgação publicados na página do BRT Rio no Facebook, na mesma semana:
As mudanças começarão a vigorar a partir da próxima segunda-feira (14/09).
BRT Rio também tem linhas n’A Saga dos Ônibus Perdidos
Já não é de hoje que o Portal Flumibuss RJ mostrou que o BRT Rio faz o que quer e os passageiros que lutem para conseguir ter um transporte minimamente decente. Na matéria publicada em Agosto, sobre o abandono do sistema BRT (releia aqui), mostramos algumas linhas que são cadastradas na Secretaria Municipal de Transportes simplesmente desapareceram e não voltaram mais a operar, no caso d’A Saga dos Ônibus Perdidos. É o caso das linhas 36 (Fundão x Alvorada – Expresso), que não roda desde 2018, 40 (Madureira x Jardim Oceânico) e 53 (Sulacap x Jardim Oceânico), suspensas com a pandemia da Covid-19.
Dos 24 serviços que são registrados na SMTR, 9 não rodam atualmente e outros 9 não existem para a Prefeitura. Muitos passageiros pedem o retorno, principalmente, de 4 linhas que foram substituídas na pandemia da Covid-19:
- 21A – Jardim Oceânico x Recreio-Notre Dame (Parador), substituída pela 29 até Salvador Allende
- 30 – Galeão x Alvorada (Semi-Direto) = substituída pela 31, até Vicente de Carvalho;
- 40 – Madureira x Jardim Oceânico (Expresso) = substituída pela 40A até o Terminal Alvorada
- 53 – Sulacap x Jardim Oceânico (Expresso) = substituída pela 53A até o Alvorada.
E mais recentemente, a linha 51A (Vila Militar x Alvorada – Expresso) passou a operar aos finais de semana no lugar da 50 (Centro Olímpico x Jardim Oceânico – Parador), sendo que esta passou a operar somente nos dias úteis. Ou seja: quem precisar chegar, pelo menos, ao Alvorada, precisa se submeter à linha 22 (Alvorada x Jardim Oceânico – Parador) que virou a única opção no lote 0 da TransOeste, que muitas das vezes, vai superlotado, o que transforma uma viagem em um vetor de transmissão da Covid-19.
Isso só evidencia a autonomia que o BRT Rio acaba adquirindo, mesmo tanto eles quanto a SMTR negando, alterando serviços à seu bel-prazer e o passageiro é o que fica mais prejudicado, já que deveria ser uma obrigação da concessionária oferecer bons serviços e o Poder Público ajudar na evasão de passagens (o popular calote).