Rodoviários da empresa cobram o pagamento dos salários e do 13º salário atrasados. Não há previsão para normalização.
Quem precisou das linhas da Viação Acari nesta quinta-feira foi surpreendido por uma greve de funcionários da empresa, que estão cobrando o pagamento de dois meses de salários atrasados – que muitas das vezes podem ser pagos em até 4 parcelas por mês, mais o pagamento do 13º salário de 2019, que, por lei, deveria ter sido pago até o último dia 20 de Dezembro.
A empresa atua nos Consórcios Internorte e Transcarioca, com 8 linhas, uma frota de 150 ônibus e 600 rodoviários. Veja a relação:
- 254 – Madureira x Candelária
- 277 – Rocha Miranda x Candelária (via Rua Goiás)
- 456 – Norte Shopping x Copacabana (via Catumbi / Túnel Santa Bárbara – Circular)
- 457 – Abolição x Copacabana (via Túnel Santa Bárbara – Circular)
- 607 – Cascvadura x Rio Comprido (via Estácio)
- 667 – Madureira x Méier
- 686 – Fazenda da Bica x Cascadura (Circular)
Das 8 linhas, apenas a 607 opera com ônibus da Acari. Após as 10:00 da manhã, começou a operação emergencial com carros da Braso Lisboa e Verdun na linha 457 (Abolição x Copacabana – via Túnel Santa Bárbara / Circular).
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio), José Carlos Sacramento, a situação já se arrasta há alguns meses, culminando agora com a paralisação dos cerca de 600 profissionais da categoria.
“Os motoristas e cobradores não suportam mais essa situação. As cestas básicas estão em dia, mas o salário chega a ser pago em quatro parcelas dentro do mês”.
Cabe lembrar que a Viação Acari vem enfrentando uma crise severa há, pelo menos, 6 meses, grande parte, em decorrência dos bloqueios de bens do grupo empresarial a qual ela pertence (o grupo JAL).
Em nota, a Viação Acari informou que busca medidas emergenciais para minimizar os efeitos da paralisação dos funcionários. A empresa alega que esse quadro é “reflexo da maior crise enfrentada pelas empresas de ônibus do Rio de Janeiro”:
“A Viação Acari informa que está buscando medidas emergenciais para minimizar os efeitos da paralisação de seus funcionários, que teve início na manhã desta quinta-feira (16/01). A empresa está negociando a regularização dos pagamentos que estão em atraso, a fim de normalizar a operação. Das oito linhas que a empresa opera, uma está em funcionamento.
A Acari ressalta que a paralisação dos colaboradores é reflexo da maior crise enfrentada pelas empresas de ônibus do Rio de Janeiro. A empresa vem sendo impactada pela redução no número de passageiros transportados e pelo desequilíbrio tarifário”.
No final do dia, segundo informações divulgadas pela Rádio Band News FM, funcionários e a direção da empresa não chegaram a um acordo. O que pode perdurar por mais um tempo.
Com informações de G1 RJ e Jornal O Globo