No Rio se fala em multa para quem não tiver com máscara, ao contrário de Niterói e Caxias.
Juntas, as três cidades têm 4.112 casos (3.656 no Rio, 239 em Niterói e 217 em Caxias – incluindo o próprio prefeito), com 357 mortes (303 no Rio, 38 em Caxias e 16 em Niterói). Os decretos das três cidades têm pontos em comum, mas divergem no que diz respeito às multas para aqueles que não tiverem de máscara.
Rio: O uso dela será obrigatório nos comércios da cidade, nas ruas, nos transportes público e privado (incluindo os de aplicativos) que circulam dentro da cidade. A Prefeitura disse que haverá uma multa para quem não usar a máscara. E quem não tiver usando, será impedido de ingressar nas lojas ou embarcar nos transportes.
Niterói e Caxias: Ao contrário do Rio, o decreto das duas cidades não se falam em multa para quem não estiver usando máscaras, mas também obriga o uso em comércios, nas ruas e nos transportes. Cabe lembrar que o próprio Prefeito de Caxias, Washington Reis (MDB), contraiu o vírus, recebendo alta hospitalar hoje (22). O mesmo estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Além das três cidades listadas acima, Magé também passou a exigir o uso de máscaras. Outras quatro cidades do estado também passaram a exigir o uso: Araruama, Cabo Frio, Búzios e Macaé, todas na Região dos Lagos.
Concessionárias de transporte público, como o BRT e o Metrô Rio, já publicaram em suas páginas, o aviso do uso obrigatório de máscaras para ingressar nas estações, sob o risco de ser impedido de embarcar.
😷 O uso de máscaras para usar o transporte público e para sair às ruas agora é obrigatório. O decreto da Prefeitura do…
Publicado por BRT Rio em Quarta-feira, 22 de abril de 2020
A partir de amanhã, em cumprimento ao Decreto Municipal 47.375, de 18 de abril de 2020, o acesso ao MetrôRio sem uso de…
Publicado por MetrôRio em Quarta-feira, 22 de abril de 2020
Cabe lembrar que desde o início da quarentena, há 1 mês atrás, várias medidas nos transportes foram postas em prática, por muitas prefeituas, na tentativa de diminuir aglomerações – o que, infelizmente, é rotina na cidade, dentre elas:
- Desligamento dos aparelhos de ar-condicionado dos ônibus, com a abertura das janelas. A medida não é aplicada ao BRT;
- Proibição de passageiros em pé nos ônibus – o que é constantemente descumprida pelo BRT;
- Proibição da circulação de ônibus intermunicipais entre as cidades da Região Metropolitana e a capital, incluindo aquelas linhas que utilizam a capital como passagem. O que está impactando e muito nas receitas de várias empresas que operam exclusivamente com ligação para a capital, como a Limousine Carioca e a Tinguá
Além disso, as empresas da cidade do Rio reduziram drasticamente a operação das linhas. Atualmente a frota da cidade é de, cerca de, 6.500 ônibus, sendo que neste período de quarentena, a cidade está operando com uma frota entre 2.000 e 2.200 ônibus. Várias linhas já tiveram as operações suspensas, ao ponto de empresas operarem somente com 3 linhas. Porém, os passageiros só descobrem que tal linha foi suspensa quando chegam no ponto.
Como exemplo, das 8 linhas que a Transportes Vila Isabel, que já vinha numa situação não muito boa, em decorrência da crise financeira que se arrasta desde 2016, opera atualmente, cinco tiveram as operações suspensas (218, 222, 439, 517 e 605). Embora três delas operassem em regime de TU (218, 222 e 605), as outras duas operavam o dia todo, e, inclusive, a 439 virou a única ligação possível entre Vila Isabel e o Jardim Botânico.
A Prefeitura do Rio havia anunciado na semana passada, um subsídio de R$ 17,5 milhões para que os ônibus continuem rodando na cidade, mas será que esse repasse será o suficiente para segurar as empresas de não entrarem em colapso? O que será dos transportes cariocas e fluminenses no pós-pandemia? Só o tempo dirá…
Com informações do G1 Rio