Não há maiores detalhes sobre o que motivou o incêndio. Em 3 meses, a empresa teve prejuízo de mais de R$ 2 milhões com ônibus incendiados.
Foto: Reprodução Redes Sociais
Um ônibus da Transportes Santo Antônio foi incendiado na manhã deste sábado, 21, na Avenida Presidente Kennedy (RJ-101), no bairro Vila Rosário, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O coletivo, prefixo RJ 161.179, da linha 500 (Wona x Caxias), estava passando próximo à Igreja Universal da Vila Rosário no sentido quando foi abordado e, após a evacuação, foi incendiado.
Não há informações sobre feridos e sobre o que motivou o ataque, mas uma das prováveis causas é uma disputa entre traficantes para tomar o controle dos pontos de venda de drogas no Complexo do Barro Vermelho, próximo à região. Imagens divulgadas em redes sociais mostram o fogo consumindo rapidamente o ônibus.
As linha 499 (Caxias x Parque São José) e 501 (Caxias x Bom Pastor) não estão atendendo a região da Vila Rosário e Pantanal. O desvio de itinerário está sendo realizado pelos Parque Fluminense, Parque Samirópolis e Parque Suécia, já em Belford Roxo, retornando ao itinerário na Estrada Aníbal da Mota.
O trânsito na pista sentido Centro de Caxias está sendo desviado, de forma temporária, para a pista sentido Lote XV, que está operando em mão dupla até a retirada do que sobrou do ônibus do local.
Em três meses, empresa tem prejuízo médio de mais de R$ 2 milhões com outros ataques
Desde 2022 a empresa vem sofrendo os efeitos da escalada da violência na Baixada Fluminense. De lá para cá, a empresa já perdeu mais de 25 ônibus incendiados em ataques de criminosos. Em três meses é o terceiro ataque que a empresa sofre. Coincidentemente, todos foram realizados na mesma região do ataque de hoje.
Considerando que o custo de um ônibus semelhante ao incendiado é de R$ 800.000 aproximadamente, os últimos 3 ataques geraram um prejuízo de R$ 2,4 milhões e não há reposição imediata dos ônibus incendiados. Cada ônibus leva, em média, 4 a 6 meses para ser reposto.
Um mito que precisa ser derrubado é que não existe seguro para ônibus. Todo o ônus do prejuízo fica para a empresa, já que o DETRO, como órgão regulador, não arca com nenhum montante para ajuda à empresa.