Supervia reajusta trem para R$ 5,90 em Julho
Supervia reajusta trem para R$ 5,90 em Julho

Supervia reajusta trem para R$ 5,90 em Julho

Segundo a concessionária, não foi definido, à tempo, meios de reequilíbrio econômico-financeiro da concessão, autorizando, assim, a mesma cobrar o valor autorizado em Dezembro/2020

Prepare o bolso, passageiro: a Supervia, concessionária que opera os trens metropolitanos do Rio, anunciou que daqui a 1 mês, ou seja, a partir do dia 01º de Julho, suspenderá o desconto temporário que havia concedido para o reajuste da passagem, de R$ 4,70 para R$ 5,00, no início do mês e, com isso, aplicará a tarifa de R$ 5,90 homologada pela Agência Reguladora dos Transportes do Rio de Janeiro (AGETRANSP).

O reajuste tarifário – originalmente previsto para 02 de fevereiro, de acordo com o Contrato de Concessão, tendo como base a variação do IGP-M de 2020 publicado pela Fundação Getúlio Vargas, que ficou em 23,14% – foi realizado com desconto temporário de R$ 0,90 após semanas de negociação com o Governo do Estado e formalização em aditivo ao Contrato de Concessão. O acordo previa, ainda, que até o último dia 31 fossem definidos os meios para viabilizar o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão, o que não ocorreu.

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Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

A crise gerada pela pandemia do novo Coronavírus expôs o alto custo operacional e de manutenção do sistema ferroviário de passageiros fluminense, e a expectativa era que o Poder Concedente conseguisse contribuir de forma a conter impactos à população, tal como determinado pela AGETRANSP.

Desde o início da pandemia, a Supervia deixou de transportar aproximadamente 103 milhões de passageiros. Antes da pandemia, a concessionária registrava um movimento de 600 mil passageiros diários, mas atualmente o movimento é de 300 mil passageiros. A queda de demanda já chegou a 70% e hoje se estabilizou em 50%. A perda financeira é de mais de R$ 472 milhões.

Expectativa de recuperação somente em 2023:

Assim como os outros modais de transporte público do Estado, a Supervia depende basicamente da venda das passagens para dar continuidade à prestação do serviço e não conta com qualquer subsídio do Governo. A empresa tem custos fixos para seguir com a operação e com a manutenção dos trens, das estações e da estrutura ferroviária, custos estes que se elevam cada vez mais diante dos repetidos furtos de materiais da via e demais questões de segurança pública que afetam os ramais constantemente. 

Além disso, ainda há os custos com a higienização das estações como medida preventiva à Covid-19, e nenhum dos principais ramais deixou de rodar. A exceção ficou por conta do ramal Guapimirim, que ficou desativado por 6 meses no ano passado e, em Abril deste ano, novamente desativado por conta de problemas estruturais em três pontes ao longo do ramal.

Segundo a concessionária, a expectativa era de que a recuperação dos passageiros ao patamar do que era antes da pandemia se desse no segundo semestre deste ano, mas após uma reavaliação, considerando o comportamento da pandemia, assim como a crise econômica do país e o aprofundamento da crise no Rio de Janeiro, fizeram alterar esta previsão para somente 2023.

Os passageiros estão sendo comunicados com avisos nas bilheterias e nos alto-falantes das estações, além das suas redes sociais. Mas logo ao comunicar nas redes sociais, usuários do sistema começaram a reclamar do novo valor, perguntando se vai haver alguma melhoria. Vejam alguns comentários:

Fotos: reprodução Facebook Supervia

Com informações da Supervia

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